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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Eu tenho uma coleção de canetas. Parece supérfluo, mas não é. Há quem colecione amores, há quem colecione vícios, há quem colecione dores. Eu coleciono canetas. Cada uma de um jeito, de uma cor, de uma forma. Em cada uma, histórias, lembranças, pedaços de mim. Hoje eu tremi de dor, chorei de tristeza, solucei da vida e lembrei de um tempo em que eu não sabia porque eu tremia, porque eu chorava e porque eu soluçava. Hoje eu vi meu pai recitando um poema. Hoje eu me vi recitando uma dor e proseando com uma lágrima. Então comprei uma caneta só para lembrar que eu, eu mesmo, eu não coleciono canetas. Eu coleciono momentos.

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